quinta-feira, 24 de junho de 2010

Nossa querida Gi!


Em maio, tivemos uma das mais belas e produtivas formações. E a responsável é a professora Gisele que , gentilmente, doou parte de seu tempo em Porto Alegre para nos fazer refletir...para nos desacomodar. É sobre esse encontro que as Professoras Luísa e Márcia escrevem...

Escutando a belíssima fala da Gisele , acerca de Deleuze e sua filosofia da diferença o que fica como marca essencial é a substituição do atributo “ou” pelo conjuntivo “e”.

Somos isto e aquilo!

Não há preocupação com o que a coisa é, mas sim com quais outras coisas ela se junta e como vai acontecer esta multiplicidade.

Ao chegamos a multiplicidade iremos construir agenciamentos que mudam sua natureza conforme as conexões – redes que vamos tecendo.

O encanto que nos envolve é que nestes processos e sempre são processos (movimentos), nos afastamos do modelo original (Platoniano) para adentrarmos no universo do simulacro.

Somos autorizados a criar com a autenticidade fora do padrão. Uma condição onde está dado que já estamos incluídos.

Se nossos corpos estão ali em sua condição única e singular não é necessária uma “luta”, a inclusão já está posta.

Já é no aqui e agora!

É na aliança do “E” que fluxos em todos os sentidos vão construindo singularidades com articulações que vão se movimentando solidárias, nômades e criativas.

A presença da Gisele em nossa escola nos alimenta daquilo que mais precisamos no trabalho com crianças e adolescentes com Transtorno do espectro autista, nos dá o reconhecimento de que o singular distante do modelo original, é vida que pulsa, potência e possibilidade.

Obrigada Gi, pela grandeza e generosidade.

Márcia de Campos


Gisele maravilhosamente enlaçou a todas nós, iniciantes no conhecimento das teorias pós-modernas, ao imbricar a prática escolar cotidiana neste olhar teórico. Trouxe-nos a compreensão de que a Potência do movimento criativo pode estar no inusitado, inclusive na presença espontânea de um animal, como foi o caso do nosso querido Bob. Neste sentido, tudo ficou muito claro entre todas nós, imagino. É crucial nos abrirmos para um paradigma educacional que pode expandir nossas percepções acerca da realidade complexa em vivemos e atuamos. A inclusão, que como diz Gisele, não existe, é a própria vida cotidiana e a potência esta em todo ser/objeto que nos faz avançar nos processos individuais.


Luísa


Um comentário:

EJA TURMA NIVEL 2 disse...
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