Nosso Projeto Pedagógico que denominamos A Busca da Transdisciplinaridade na Prática Pedagógica: uma Construção Cartográfica do Aluno, objetiva alcançar as diferentes instâncias de realidade dos alunos, através de diversas estratégias, tais como uma coleta de dados junto à família, configurando-se como uma pesquisa domiciliar, numa perspectiva de ampliar os conhecimentos que se tem sobre o aluno (com a finalidade de construir o mapa cartográfico do aluno, o qual irá subsidiar a elaboração do plano pedagógico das turmas AM1 e BM2); uma proposta de oficina para mães que visa oferecer um espaço-tempo de autodescoberta e sustentabilidade subjetiva para as mesmas (neste sentido, entendemos que provendo estas mães do aprendizado do “si mesmo” e, assim, estando mais “inteiras” para atuar de forma mais coerente junto a seus filhos, impulsionaremos a continuidade do trabalho pedagógico realizado na escola); e ainda, a instituição do dia do pai e dos irmãos na escola, numa atividade coletiva. Conquistar a confiança da família no trabalho pedagógico realizado pela escola e dinamizar trocas de saberes e ações entre ambas, constituindo-se escola e família num “grupo sujeito”, passa a ser uma forte massa mobilizadora, fator de fundamental importância para o real avanço dos nossos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento.
Assim propomos, para reinventar maneiras de ser e viver no interior das famílias e do nosso trabalho, o engendrar de novos fenômenos de equilíbrios ecológicos, que venham a dificultar o pessimismo e/ou passividade de que são acometidas, muitas vezes, as famílias dos nossos alunos, bem como, abortar toda e qualquer possibilidade de nos mantermos confinados em determinismos em relação às capacidades e ao desenvolvimento de nossos alunos, e confortados em territórios já reconhecidos que se nutrem do conformismo da patologia e/ou dificuldade de aprendizagem, como fatalidade e condição do aluno. Portanto o que propomos com este Projeto é a possibilidade de re-singularização das famílias, da escola, de nossos alunos e de nós mesmos enquanto pessoas e profissionais.
Acreditamos que este processo educativo transdisciplinar nos possibilita compor um olhar mais abrangente da realidade do aluno e, consequentemente, o mapeamento da cartografia do mesmo, para uma adequação e maior eficácia na construção do plano individual a ser desenvolvido no cotidiano escolar. Ao associar-se a educação sistematizada pela escola com a educação familiar, busca-se uma complementaridade que vem redimensionar e enriquecer as relações aluno/família/escola. Essa integração de saberes e de ações, das várias instâncias de vida do aluno, compõe um esforço coletivo na busca do pleno desenvolvimento do mesmo, constituindo-se num dos pressupostos básicos para a efetivação de um trabalho inter e transdisciplinar. Guattari (1992), ao falar sobre interdisciplinaridade nos campos cognitivos, social, político, ético e estético, propõe um conjunto de pessoas “... atuando através de aliança e negociação e não de relação de dominação entre instâncias hierárquicas... A interdisciplinaridade... passa pela reinvenção permanente da democracia, nos diversos estágios do campo social”.
Os alunos do 1º e 2º ciclos, do turno da manhã, desfrutaram da praça de recreação da sede Campestre do SESC, fizeram um piquenique delicioso e alguns alunos com suas professoras aproveitaram para “treinar” a corrida para o JOMEEX na pista de atletismo. O dia ensolarado e quente se aliou às belezas naturais do local propiciando conexões e relações com a natureza de forma lúdica e prazerosa.
Atletas da EMEEF Lucena Borges! Familiares!
