segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ato Público


Hoje, alunos, pais e professores realizaram um ato público pela manutenção das escolas especiais que estão sendo ameaçadas de extinção pelo MEC.
Na contra-mão da extinção há o artigo de João Augusto Lopes, que aqui transcrevemos:
Pela valorização da Escola Especial no Brasil
A acessibilidade das pessoas com deficiências auditiva, física e visual nas escolas comuns que se proveram de adequações e instrumentalizações, com a eliminação de barreiras arquitetônicas, colocação de corrimãos, banheiros adaptados, alargamento de portas para facilitar o ingresso dos cadeirantes, interpretes de língua de sinais, livros em braille para auxiliar o deficiente visual na escrita, disponibilizados em algumas escolas da rede pública, não contempla a complexidade do trabalho desenvolvido com os alunos com deficiência mental, matriculados e freqüentando as Escolas Especiais. Essas Escolas vêm sofrendo pressões, desrespeito e desvalorização com a publicação da Cartilha intitulada “O acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular” pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, com apoio do MEC. Esta teoriza, principalmente, que todos os alunos com deficiência mental, de 7 a 14 anos, devem ser imediatamente matriculados “em Escolas e Classes Comuns da Rede Regular” (pág. 15), não levando em consideração, portanto, a complexidade da deficiência mental e a falta de estrutura da maioria das Escolas da Rede Regular. Querem, coercitivamente, colocar pessoas deficientes mentais em salas de aula, do ensino comum, com excessivo número de alunos; com o despreparo e a falta de qualificação de profissionais para trabalhar com os mesmos, projeto pedagógico genérico, a inexistência de material didático adequado, e muitos outros problemas que todos nós, homens livres e de bons costumes conhecem muito bem. Considera-se que as escolas “ditas” regulares estejam aptas a receber todos alunos com deficiência mental. Desconsidera-se que as escolas especiais possuem projetos pedagógicos aprovados, duzentos dias letivos mão-de-obra qualificada, incluindo, todo o corpo administrativo e pedagógico e, mais importante, a autorização dos seus respectivos Conselhos Estaduais de Educação.Por tudo que está acontecendo com a Educação Especial no Brasil, parece que não existem crianças e adolescentes perambulando nos sinaleiros da vida, sem escola; crianças e adolescentes no trabalho degradante; sendo prostituídas, outras sendo transportadas em ônibus de péssimas condições; escolas de latas, com banheiros no quintal. Volto a pedir uma reflexão: onde estariam as crianças e adolescentes deficientes mentais que não se encontram nas Escolas Especiais do Brasil?. Será que estariam incluídas no ensino comum ?. Por certo que não!. Este sim, deveria ser o mote da questão. a cartilha, que arbitrariamente, ameaça de prisão, dirigentes das Escolas Especiais, pais e responsáveis por alunos ali matriculados, caso os mesmos não encaminhem, imediatamente, as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos com deficiência mental, para as classes comuns das Escolas da Rede Pública, com a máxima vênia, é uma brincadeira de mau gosto. Na verdade, se não fosse um desrespeito aos deficientes mais comprometidos, seria interessante, que todas as Escolas Especiais, mantidas por instituições filantrópicas, cumprissem o que dispõe a Cartilha e exigissem dos nossos governantes a matrícula imediata de todos os alunos portadores de deficiências mentais, bem como os de condutas típicas, síndromes e deficiências múltiplas, na rede pública, ou seja, na escola mais próxima, e exigissem que tivessem, no mínimo, o mesmo tratamento que tem nas Escolas Especiais. Talvez, fosse uma forma dos gestores públicos e técnicos, passarem a valorizar e garantir a Escola Especial no Brasil e trabalhar na edição de uma Política Educacional Específica para as pessoas com deficiência mental, após um amplo debate com todos os envolvidos, principalmente os pais. Defendemos que se tenha cautela no encaminhamento deste assunto, pois do jeito que está, demonstra-se total ignorância dos serviços de qualidade disponibilizados; o trabalho com as famílias; a busca da plena inclusão social, através da dedicação, da preparação para o mundo do trabalho e desenvolvimento de suas potencialidades artísticas e esportivas, todo voltado para o exercício da plena cidadania, além da assistência social e da saúde, que a maioria das Escolas Especiais oferecem.
João Augusto Lopes é procurador jurídico da Federação das APAEs de Mato Grosso do Sul


Pela manutenção das escolas especiais...

ATO PÚBLICO EM PROL DA MANUTENÇÃO DAS ESCOLAS ESPECIAIS
Estamos organizando dois atos públicos em prol da manutenção das Escolas Especiais – dia 29/10, com saída da Escola M.E.E.F. Profª Lygia M. Averbuck até o campus da PUC, no turno da manhã às 9h e no turno da tarde às 15h, com a presença de pais, alunos, professores, funcionários e simpatizantes.
Por ocasião do 18º aniversário da Escola, nos perguntamos se devemos comemorar: nossa existência até então ou nossa extinção?
Encontra-se disponível no site do MEC o documento onde consta as novas diretrizes que orientam a Educação Especial através da Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva. Dentre várias diretrizes contidas no documento, a 6ª orientação aos sistemas de ensino, refere-se a: transformação das escolas especiais em centros de atendimento, não criação de escolas especiais e conseqüente matrícula de todo e qualquer aluno na escola regular.
Acreditamos a Escola Especial como um espaço inclusivo, de aprendizagem, necessário e formador para os sujeitos que a ela recorrem. Nela é assegurado um projeto político-pedagógico que resgata a cidadania deste sujeito de direitos, possibilitando ao mesmo a construção de um projeto de vida. Não devemos considerar a escola e a educação especial como um desvio, uma linha secundária destinada a servir de abrigo ou depósito, mas uma via para o caminho principal. Para cumprir um papel de travessia, o processo é lento e exige esforços, sendo a Escola Especial um importante recurso para dar suporte a este processo e oferecer uma melhor educação aos alunos que não podem ser atendidos nas classes das escolas regulares, pois ainda necessitam de um atendimento muito específico em termos de aquisições básicas cotidianas, quanto a: alimentação, higiene, deslocamento, modalidade de aprendizagem, etc.
A Escola especial atende a um número específico de alunos desenvolvendo um currículo adaptado, partindo do princípio de que todo ser humano pode aprender, ainda que com condições físicas, mentais, sensoriais, neurológicas ou emocionais significativamente diferentes, mas é imprescindível focalizar as necessidades especiais e os recursos necessários para supri-las, ou seja: “Iguais nos seus direitos, mas diferentes nas suas necessidades”
Colocamo-nos à disposição para esclarecimentos ou participação em debates. Comissão de organização do Ato Público, que inclui professores, funcionários, pais e Direção da Escola. Este movimento tem apoio da SMED/POA.


Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Lygia Morrone Averbuck
Rua AG Projetada, s/nº – Jardim do Salso
Fone 3338.15.18

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dia das Crianças

Notícias de setembro e outubro


Tivemos nosso momento musical com a visita e apresentação de Cleonice Walter, que tocou várias músicas no teclado.
Em outra data, recebemos Decápolis de Andrade e sua convidada: sua aluna Cândida que, também, encantou a todos com sua voz.



segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Laboratório de Informática

Meu nome é Gustavo, sou responsável pelo Laboratório de Informática na Escola Especial Municipal Lucena Borges. Minha tarefa é orientar e auxiliar os professores e alunos nas suas tarefas diárias. Junto com a Direção, SOE e Secretaria, faço um trabalho de orientação e prestação de serviço na área informatizada. As turmas da escola freqüentam o laboratório para realizar diversos tipos de tarefas, incluindo desde jogos interativos, como também escrever no editor de texto, pintura e desenho no Tunx Paint até pesquisas na Internet. Sempre procuro manter a ordem e a organização, para um melhor bem estar à todos.

Um grande abraço!

Gustavo - Estagiário


sábado, 6 de outubro de 2007

Projeto Escola Espaço de Cultura


O Projeto Escola Espaço de Cultura, através da Oficina de Artes, é um projeto que tem por objetivo integrar alunos da comunidade e alunos da escola especial, promover o estudo sobre artistas plásticos, realizar trabalhos de artes, nas mais diversas formas de expressão plástica, visitar museus, fundações e espaços de cultura na cidade de Porto Alegre, além de realizar exposições itinerantes dos trabalhos de artes produzidos pelos alunos. A Oficina de Artes Visuais é coordenada pelas professoras Patrícia Zillmer e Rejane Caspani Dubois
A Oficina, nestes últimos anos, realizou projetos partindo dos estudos da vida e obra dos artistas plásticos Iberê Camargo (2002 a 2004), Joan Miró (2005), Tarsila do Amaral (2006). Contamos com um belo acervo de trabalhos, com as técnicas acrílico sobre tela e mista. As telas pintadas pelos alunos fazem parte das exposições itinerantes de cada módulo.
As exposições já percorreram diferentes espaços da cidade como a Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, Assembléia Legislativa do Estado, MARGS, Santander Cultural, escolas da rede pública (municipal e estadual) e particular, Mercado Público.
Neste ano estamos realizando estudo sobre a vida e obra do artista plástico Alfredo Volpi.
“Ao expressar-se por meio da Arte, o aluno manifesta seus desejos, expressa seus sentimentos, expõe enfim sua personalidade. Livre de julgamentos, seus subconsciente encontra espaço para se conhecer, relacionar, crescer dentro de um contexto que o antecede e norteia sua conduta.” (Buoro, 2001)